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Polícia afirma que PCC tem envolvimento na morte de ex-delegado-geral

Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado no litoral de São Paulo

Monise Souza

18/09/2025 às 12:37  atualizado em 18/09/2025 às 14:59

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Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)

Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) | Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo revelou, nesta quinta-feira (18/9), detalhes sobre a investigação da morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. As autoridades afirmam que houve envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas ainda buscam a motivação.

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Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi executado no litoral de São Paulo. Ele ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil de São Paulo, da qual estava licenciado.

O crime foi registrado no fim da tarde desta segunda-feira (15/9). A ocorrência movimenta as forças policiais de São Paulo e até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso.

Desde o assassinato, uma força-tarefa entre as polícias do Estado investiga o caso. 

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Estão envolvidos na operação agentes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Deinter-6, responsável pela Baixada Santista.

Segundo revelado em coletiva nesta quinta-feira (18/9), ainda há duas linhas principais de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, com atuação direta contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.

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Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido em alta velocidade por outro veículo. Outras câmeras flagraram os primeiros tiros que atingiram Ruy.

Envolvimento do PCC

Suspeitos Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza, seguem foragidosSuspeitos Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza estão foragidos/Reprodução

Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo considerado um dos principais inimigos da organização. Apesar disso, Marcola, líder da facção criminosa, negou qualquer relação do cliente com a execução do ex-delegado-geral.

De acordo com Guilherme Derrite, Secretario de Segurança Pública de São Paulo, não há dúvidas do envolvimento do PCC na morte de Ruy. No entanto, ainda há uma investigação sobre o que motivou o crime.

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Segundo ele, a investigação também considera a possibilidade de participação de outros membros do PCC que atuam na Baixada Santista.

Os suspeitos Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano e identificado como integrante do PCC, já preso por tráfico de drogas e roubo, e Flávio Henrique Ferreira de Souza estão foragidos.

“Para nós não resta dúvida. A dúvida é se a execução foi motivada pelo combate ao crime organizado durante a carreira do delegado ou por sua atuação recente como secretário em Praia Grande. Agora, que houve participação do PCC, não resta dúvida, principalmente pela presença do Mascherano, indivíduo de relevância dentro da facção”, declarou.

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Atentado em 2011

O secretário também relembrou que Ruy já havia sido alvo de um atentado em 2011 pela facção criminosa.

“Na época, comandava um pelotão da Rota e recebemos denúncia de que o PCC planejava matar o delegado. Fizemos a abordagem de dois criminosos, que confessaram a intenção. Com eles, apreendemos armas e um fuzil. Um dos envolvidos era Francisco Aurílio, o ‘XT’, considerado de alta periculosidade dentro da facção”, relatou.

Prisão de suspeitos

A Polícia Civil de São Paulo prendeu uma jovem, de 25 anos, na quarta-feira (17/9), por suspeita de participar da morte de Ruy Ferraz Fontes, ela foi responsável por levar fuzil usado na morte de ex-delegado. Em depoimento, segundo Derrite, ela confirmou que recebeu a missão de transportar o armamento.

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“Ela fala que recebeu a missão de buscar esse pacote, que na verdade sabemos que era o fuzil. Entregou em Diadema para um indivíduo ainda não identificado. Ela deu informações desencontradas, mas forneceu elementos que podem ajudar a identificar esse homem”, explicou o secretário.

A Justiça de São Paulo também havia determinado a prisão de dois suspeitos de executar o ex-delegado-geral no fim da tarde de terça (16/9), após a Polícia Civil identificá-los. Um deles tem muitos antecedentes criminais de roubo, enquanto o outro não.

O secretário de segurança diz ainda que não dá para saber qual foi o papel de cada um dos participantes da execução.

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“Ainda é cedo para apontar o papel exato de cada um dos envolvidos. O que temos até o momento é que eles foram colocados na cena do crime e participaram diretamente da execução”, disse Derrite.

Os suspeitos foram identificados após a Polícia Técnico-Científica conseguir coletar material para identificação dos envolvidos. Isso após os criminosos não conseguirem atear fogo em um segundo veículo utilizado no crime.

A informação da identificação foi confirmada pelo secretário da SSP, Guilherme Derrite, durante coletiva de imprensa no velório do ex-delegado-geral.

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